Acabei de ver o filme e não podia ficar calada. O pior é que a emoção me embaça as ideias e nem sequer consigo ser muito conexa ou coerente. Não há muito que possa dizer sobre o filme ou o sentimento que se apodera de nós no momento em que o filme acaba. Apenas se sente.
Gostava de partilhar convosco o quanto gostei deste filme e o quanto ele me tocou...
Não resisto em publicar o parecer de um amigo que se exprime num português fantástico, o Rui Coelho. A localização original deste post está em http://desvio-do-pensamento.blogspot.com.
"Crash fala de racismo, discriminação, egoísmo. Fala de trabalho, imigração, armas e um anjo (Los Angeles). Ou uma criança, se quiserem. Atira-nos para um buraco escuro, tão escuro que realça o que de pior existe em cada um de nós e em que o erro é notariado de forma vitalícia nos actos do Homem. Este filme, de Paul Haggis, espelha-nos o problema da convivência multicultural, pluriracial e étnica, sendo que cada rua da cidade dos anjos aparece como uma fronteira onde acaba o bem e começa o mal. E o inverso, ao detalhe. Este detalhe faz a diferença, pisca o olho ao (tele) espectador e desaparece sem deixar rasto.No fundo, Crash é um filme sobre a redenção de uns e a queda de outros, misturando num puzzle pálido, de cores tristes e pequenos laivos de um arco-íris subtil, as evoluções e regressões próprias da (sobre) vivência humana. A mensagem extraída ilibe o Homem de uma natureza má e condena os preconceitos que a sociedade instala na sua mente como a entidade desvirtuadora. É a sociedade que adoece o ser humano, já que o toque de Deus aparece umbilicalmente ligado ao coração de cada um de nós, ainda que de forma quase imperceptível, jogada no detalhe. Brilhante." (R.C.)
Vi o filme, gostei do filme, mas confesso que não estava à espera que ganhasse o Oscar...
ResponderEliminarNão que não merecesse, porque mereceu, mas porque não tinha perfil de filme oscarizado...
Ainda bem que ganhou!
Espero que esteja tudo bem por aí!