Gallerie Vittorio Emanuele II
Fez na semana passada um mês que estou em Milão.
Nesta situação, ponho-me a pensar sobre as idiossincrasias do tempo: por vezes, estou em Leiria (onde passei os últimos 4 anos da minha vida) e passa-se um, dois, três meses sem que nada de novo aconteça. Só mesmo o normal da vida: comer, dormir, sair à noite, ir à escola, rir-me com as piadas de um amigo engraçado, ver um filme que gosto, provar uma fruta nova de que não gosto... No entanto, a partir de dia 16 de Fevereiro tudo tem mudado a uma velocidade e intensidade assustadoras.
Primeiro é a questão de um novo ambiente: um novo país, uma nova cidade, um novo contexto, que funcionam como catalisador de um grande número de mudanças...
Depois é a língua: note-se que quando cheguei não sabia absolutamente nada de Italiano, não entendia quase nada do que me diziam. A evolução adivinhava-se, a priori, rápida, mas não tão veloz como se constatou. Ao fim de dois dias, já entendia 90% do que me diziam e ao fim de 2 semanas já conseguia falar italiano. Claro que não falo bem, nota-se perfeitamente que sou estrangeira, mas o meu objectivo consegui-o de imediato: conseguir expressar-me e poder dizer piadas numa outra língua.
Tive muitas dificuldades em encontrar um quarto em Milão: vi cerca de 8 quartos, todos duplos, porque aqui é muito difícil (leia-se incrivelmente caro) encontrar um quarto individual. Todos os que vi eram vergonhosos e com uma relação qualidade-preço muito baixa. Dia 6 de Março, por fim, lá encontrei um quarto aceitável na zona de Bovisa (um pouco afastada do centro) a um preço ainda assim caro: 350 euros. No entanto, tenho Internet 24 horas e todas as despesas incluídas. Pontos contra: o senhorio, de 63 anos, mora na mesma casa do que eu e proibiu expressamente a entrada de homens cá em casa...(Eu hein? Eu vim cá para estudar, não foi para levar homens para casa...)
Depois de instalada, tive necessidade de arranjar amizades quase à força, pois não quero que a minha presença em Milão passe despercebida. O primeiro passo foi ir ao Politécnico de Milão, uma universidade muito maior que a minha e que recebe centenas de Erasmus por semestre. Associei-me ao grupo ESN (Erasmus Student Network), que me dá carta branca para poder ir às viagens e jantares que eles organizam, como se fosse estudante do POLIMI.
No dia de boas vindas aos Erasmus do POLIMI, eu qual intrusa, estava lá sob o pretexto de fazer um teste de italiano. Quando entrei no anfiteatro, a sensação foi indescritível. Estavam cerca de 300 Erasmus, todos cidadãos estrangeiros, todos com um ânimo fantástico, felizes por estarem noutro país, por se sentirem privilegiados de poderem viajar, de conhecer outra cultura. Assim me senti também. Contente por ainda ser estudante.
Nessa tarde sentei-me perto do Patrick, um sueco tímido e simpático. Nas cadeiras de trás estavam o Nard e a Puck, dois holandeses de Eindhoven. Conhecer estes três estudantes mudou a minha vida em Milão, pois entendemo-nos todos muito bem e voltaríamos a encontrar-nos na semana seguinte, num jantar Erasmus.
Nesta situação, ponho-me a pensar sobre as idiossincrasias do tempo: por vezes, estou em Leiria (onde passei os últimos 4 anos da minha vida) e passa-se um, dois, três meses sem que nada de novo aconteça. Só mesmo o normal da vida: comer, dormir, sair à noite, ir à escola, rir-me com as piadas de um amigo engraçado, ver um filme que gosto, provar uma fruta nova de que não gosto... No entanto, a partir de dia 16 de Fevereiro tudo tem mudado a uma velocidade e intensidade assustadoras.
Primeiro é a questão de um novo ambiente: um novo país, uma nova cidade, um novo contexto, que funcionam como catalisador de um grande número de mudanças...
Depois é a língua: note-se que quando cheguei não sabia absolutamente nada de Italiano, não entendia quase nada do que me diziam. A evolução adivinhava-se, a priori, rápida, mas não tão veloz como se constatou. Ao fim de dois dias, já entendia 90% do que me diziam e ao fim de 2 semanas já conseguia falar italiano. Claro que não falo bem, nota-se perfeitamente que sou estrangeira, mas o meu objectivo consegui-o de imediato: conseguir expressar-me e poder dizer piadas numa outra língua.
Tive muitas dificuldades em encontrar um quarto em Milão: vi cerca de 8 quartos, todos duplos, porque aqui é muito difícil (leia-se incrivelmente caro) encontrar um quarto individual. Todos os que vi eram vergonhosos e com uma relação qualidade-preço muito baixa. Dia 6 de Março, por fim, lá encontrei um quarto aceitável na zona de Bovisa (um pouco afastada do centro) a um preço ainda assim caro: 350 euros. No entanto, tenho Internet 24 horas e todas as despesas incluídas. Pontos contra: o senhorio, de 63 anos, mora na mesma casa do que eu e proibiu expressamente a entrada de homens cá em casa...(Eu hein? Eu vim cá para estudar, não foi para levar homens para casa...)
Depois de instalada, tive necessidade de arranjar amizades quase à força, pois não quero que a minha presença em Milão passe despercebida. O primeiro passo foi ir ao Politécnico de Milão, uma universidade muito maior que a minha e que recebe centenas de Erasmus por semestre. Associei-me ao grupo ESN (Erasmus Student Network), que me dá carta branca para poder ir às viagens e jantares que eles organizam, como se fosse estudante do POLIMI.
No dia de boas vindas aos Erasmus do POLIMI, eu qual intrusa, estava lá sob o pretexto de fazer um teste de italiano. Quando entrei no anfiteatro, a sensação foi indescritível. Estavam cerca de 300 Erasmus, todos cidadãos estrangeiros, todos com um ânimo fantástico, felizes por estarem noutro país, por se sentirem privilegiados de poderem viajar, de conhecer outra cultura. Assim me senti também. Contente por ainda ser estudante.
Nessa tarde sentei-me perto do Patrick, um sueco tímido e simpático. Nas cadeiras de trás estavam o Nard e a Puck, dois holandeses de Eindhoven. Conhecer estes três estudantes mudou a minha vida em Milão, pois entendemo-nos todos muito bem e voltaríamos a encontrar-nos na semana seguinte, num jantar Erasmus.
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