menu-topo

Lost - O fenómeno!

25.6.06


Sempre fui fascinada por cinema e pelo mundo dos actores.
Quem me conhece sabe que tenho uma memória extraordinária para nomes de actores, realizadores e filmes. Como se de uma base de dados se tratasse, diga-se.
Quanto a séries, nunca segui religiosamente nenhuma. Claro que via quase todos os episódios do Macgyver, mas quem não o fazia, no tempo em que havia só dois canais? No final das tardes de verão, espreitava sempre as Marés-Vivas e ainda via de vez em quando o Walker, o Ranger do Texas, porque me divertia com o Chuck Norris. No entanto, fidelização a uma série, nunca soube o que era.

Depois, chegaram as Desperate Housewives, das quais falarei mais tarde. E, ao mesmo tempo, na RTP1 chegou o Lost (Perdidos). ( Facto que é curioso, pois nos Estados Unidos as duas séries não são concorrentes, pertencem ambas à ABC e trouxeram milhões aos cofres da estação que estava quase na falência, pelo que dizem)
Nunca me despertou para ver, porque também não conheci ninguém que a visse e me recomendasse e, como não apanhei do início, nunca me sentei à frente da tv a tentar apanhar o fio à meada.
Entretanto saí do país e comecei a fazer download dos episódios das Desperate Housewives que, esses sim, seguia religiosamente.

Um certo dia, estava eu já em Milão e tendo eu já conhecimento da repercussão mundial do Lost (ganharam o Emmy e o Globo de Ouro de melhor série de drama), resolvi fazer o download do primeiríssimo episódio. Em Portugal a série já vai a meio da segunda temporada, portanto esta era a única forma de perceber a engrenagem da história.
Vi o primeiro episódio...e ao 5º minuto da série, eu percebi que não me podia ficar só pelo primeiro episódio. Felizmente, um amigo querido ofereceu-me em DVDs os 25 episódios da primeira temporada e...vi-os todos em dois ou três dias. Simplesmente não resistia em ver o que se ia passar a seguir.
Apercebi-me que nunca poderia ter visto esta série na televisão, pois não aguentaria passar uma semana à espera de saber o que se passaria no episódio seguinte. O meu amigo compreendeu a minha ânsia e ofereceu-me a segunda temporada (mais 25 episódios), que acabou de terminar nos Estados Unidos no final de Maio. Vejo uma série de episódios por dia, mas tento conter-me para não ver tudo de uma vez só, porque depois terei de ficar meses à espera da terceira temporada. O elenco retoma as gravações em Agosto e o primeiro episódio irá para o ar em meados de Setembro nos EUA.

Isto tudo para dizer o quê? Que é a melhor série de tv que vi na vida? Não quero ser tão taxativa. Mas esta série faz-me acreditar em génios. J.J.Abrams, o criador, e a sua equipa escrevem diálogos e textos fantásticos e a storyline é absolutamente extraordinária.
Só para dar um cheirinho: um avião despenha-se numa ilha deserta e temos 40 sobreviventes. No primeiro episódio, encontramos logo um líder natural, o médico Jack, e os protagonistas (mais de 10 personagens). Eles apercebem-se que a equipa de resgate não virá tão rapidamente quanto a isso e entendem que têm de agir como grupo se quiserem sobreviver. Os episódios apresentam paralelos entre a vida dos sobreviventes na ilha e os flashbacks das suas vidas antes do acidente. O ritmo acelerado dá-nos o dinamismo e a aceleração dos batimentos cardíacos e é por isso que todos adoram o Lost.
É uma série, acima de tudo, sobre as relações interpessoais. Sobre a confiança no outro ser humano. Sobre as lutas pessoais. Sobre o acreditar. Sobre a amizade.
Eu adoro o Lost e queria partilhar isto convosco.

E Tina, nunca te perdoarei por não me teres falado do Lost. Tu vias a série desde o início e nunca me falaste dela. Querias guardar este mundo fantástico só para ti, era?:)


1 comentário:

  1. Pós é, Rafaela... falamos de tanta tanta coisa e nunca tinhamos falado do magnífico Lost. Eu que adoro o Lost desde o primeiro dia (eu que quase não vejo tv)... Quase imperdoável...

    ResponderEliminar

AddThis