Não queria ter de enfrentar este blog, nem o monstro impiedoso que são as recordações...Ainda tentei actualizar a viagem de duas semanas que fiz pela Itália, mas apercebi-me de que não tinha lógica nenhuma fazer o relato de uma viagem que já passou há um mês. Não, não tenho a pretensão de ser uma escritora, de ser uma Gonçalo Cadillhe feminina, e de muito menos achar que os meus escritos vão influenciar a vida de qualquer um de vós. Escrevo por escrever. Talvez por vaidade. Sim, porque não há artista, seja músico, pintor, bailarino ou escritor que não seja vaidoso...se assim não fosse, qual seria a razão para exibirem tanto o seu eu, as suas obras?
Escrevo porque, no fundo, gosto que os outros apreciem as coisas que tenho vivido (e que não têm sido poucas)...
Falarei das minhas viagens à medida que me vou lembrando, à medida que me vá apetecendo...Mas hoje não me apetece nada falar das águas cálidas da ilha de Capri, ou das ruínas de Pompeia, ou da beleza medieval de Siena, nem das milhares de coisas que me fizeram apaixonar por Roma...Deixemos isso para mais tarde.
Hoje apetece-me ser livre e pensar que hei-de voltar a sorrir em pleno, como no dia em que apanhei o avião para Milão, no dia 16 de Fevereiro de 2006, sem saber tudo o que me esperava.
Sim, o Erasmus acabou e voltei à minha cidadezinha de sempre...e digo-vos que a adaptação não está a ser nada fácil.
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