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Gosto da Sara Bareilles

9.9.10


Sim. 
Gosto muito de MPB e de bossa nova. O jazz chega-me ao fundo da alma. Vibro com o swing. Grito e canto sem parar com o rock dos Queen. Sou capaz de ouvir 200 vezes seguidas o American Pie do Don Mclean e tantos outros clássicos dos anos 70. Phill Collins, Peter Gabriel, Ottis Redding, Frank Sinatra, you name it. A música dos anos 80 deixa-me bem-disposta, não só porque testemunhou o meu nascimento, como também porque representou uma viragem na história da música contemporânea. Mas também gosto de pop. Andam por aí algumas coisas de muita qualidade, embora esteja tão na moda não se gostar de música comercial.

A Sara Bareilles encantou-me desde início pela sua natural indefinição como artista. Tem uma voz maravilhosa e sabe cantar, toca piano. Não é blues, nem R&B, nem folk, nem pop-rock...mas anda ali à volta. Quando há dois anos lançou o primeiro álbum - Little Voice - deixou-me viciada no single Love Song. Melodia gira, upbeat e que fica no ouvido de forma extraordinária. Os meus colegas de trabalho italianos disseram-me recentemente que sempre que ouvem essa música, pensam em mim. Pudera, eu cantava aquilo durante horas, todos os santos dias no escritório.

Ontem, 3 anos após o primeiro álbum, foi lançado o novo CD da Sara: Kaleidoscope Heart. Não vou fazer download ideal, mas vou à Fnac comprá-lo, com todo o prazer, como faço sempre com os músicos de que gosto e que respeito. No entanto, há um aspecto que lamento: a Sara Bareilles com a música de qualidade que faz, e mesmo sendo suficientemente comercial, não alcança nem vai alcançar nunca os lugares cimeiros dos tops. Porque não anda com as mamas à mostra e porque não tem um tipo de beleza convencional. 
O talento? Esse tem para dar e vender. E afinal de contas, é isso que interessa, né?

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