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O Eléctrico Chamado Desejo

22.10.10
 Alexandra Lencastre como Blanche Dubois

Albano Jerónimo como Stanley Kowalski


Ontem fui ver o Eléctrico Chamado Desejo, peça incontornável do teatro americano do século XX. Nunca tinha entrado no Teatro D. Maria II.  Foi a primeira vez que vi uma peça portuguesa e senti-me ridícula por isso. Já fui à Broadway, já vi o Fantasma da Ópera em Londres, já vi teatro no Rio de Janeiro...e nunca tinha ido ao teatro em Portugal.
Fiquei na primeira fila. Senti o perfume francês da Alexandra Lencastre, senti o cheiro dos (muitos) cigarros do Albano Jerónimo, estava tão perto deles que consegui ver os pés-de-galinha, as rugas profundas, os músculos, o suor dos actores. 
Nunca tinha visto o filme, que granjeou a um jovem Marlon Brando a sua primeira nomeação para o Óscar de Actor Principal, por isso a minha mente estava virgem e livre de quaisquer associações.
Gostava de poder fazer uma crítica extraordinária como a da Ana Campos (não se coíbam de lê-la aqui), mas infelizmente não tenho talento para tal. Mas sei o que senti ao ver aquele elenco luxuoso em palco (Lencastre, Albano Jerónimo, Lúcia Moniz, Pedro Laginha) e a representarem uma peça que tem o seu quê de melancólico e inquietante.

Fico feliz especialmente pela Alexandra Lencastre: que prova - para quem dúvidas tivesse - que é a melhor actriz da sua geração, que renasce das cinzas depois de anos e anos com a imprensa a escrutinar-lhe a vida pelas suas paixões ou pelos homens que lhe partem o coração, que mostra ao país que pára diante das telenovelas, que ela é muito, muito mais do que uma protagonista da TVI.


1 comentário:

  1. que pena nao ter estado sentada ao vosso lado, como seria suposto, a ver essa magnífica peça... snifff snifff

    Que tal Leiria?

    Beijinhos cheiiiiinhos de saudades.

    Abraço enorme!!!!

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