Todas já estivemos nessa posição.
Começamos a namorar com um homem. E passado algum tempo começamos a perceber em que meios ele se move, com quem se dá, em quem confia. Estas pequenas descobertas são uma alegria para qualquer mulher porque uma relação mede-se não só pela intimidade entre as duas pessoas, mas também pela forma como ele lida com o exterior. E tudo isto faz parte do conhecimento e da cumplicidade entre o casal.
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Um dia percebemos que ele tem amigas. Ó que mundo cruel, não somos as únicas mulheres na vida dele. O nosso lado racional tenta acalmar-nos e dizemos para nós próprias: "Que parvoíce, se ele está comigo, é porque gosta de mim. Se ele e ela são amigos há mais de 10 anos e nunca aconteceu nada, por que deveria ter medo?". Depois descobrimos que a amizade dele é recente. "Bolas, será que ele teve a necessidade de fazer amigas? Eu não lhe basto?"...e pronto, começa a festa na nossa cabeça e está o caldo entornado.
Mas também há aquelas relações tranquilas e seguras em que a namorada compreende que o namorado tem uma vida social activa e que é perfeitamente normal conhecer novas pessoas...e poderá haver uma outra mulher entre essas pessoas. Mulheres essas que não querem necessariamente saltar para cima dele, mas que simplesmente consideram haver ali uma empatia impossível de ignorar.
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Este fim-de-semana conheci a namorada de um amigo que fiz recentemente. Não o conheço muito bem, mas saímos várias vezes juntos e estabeleceu-se uma química engraçada. Nada de grandes intimidades, mas uma sensação mútua que se precisarmos, aquela pessoa está ali por nós. Claro que ele me tinha falado (muito bem) dela e eu sempre acalentei uma vontade de a conhecer. E este fim-de-semana foi uma autêntica chuva de emoções. Conversámos horas num bar barulhento, trocámos abraços eufóricos como se nos conhecêssemos há mil anos. Ele observava-nos sem se meter: "Mulheres, vá se lá percebê-las." - deveria pensar ele. Deve existir uma espécie de código genético entre as mulheres, algo que defina a priori as possibilidades de uma relação de amizade vir a ter sucesso ou não.
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Neste caso, embora houvesse à partida uma vantagem para ambas em nos darmos bem (assim, o namorado e a namorada ficam em harmonia; a namorada conhece a amiga do namorado e percebe que não há nada a temer, porque a amiga está totalmente na friend zone; a amiga fica descansada pois não tem de se preocupar se é motivo de ciúme; e a amiga, o namorado e a namorada podem ir passear e jantar juntos como se conhecessem todos desde a infância), no nosso caso...foi algo mais profundo do que isso. Acredito verdadeiramente que se a tivesse conhecido no meio da rua, sem termos absolutamente ninguém em comum no nosso círculo de amigos, eu certamente tê-la-ia abordado e dito:
- Eu quero ser tua amiga.
A verdade é que numa noite quase fiquei a gostar mais dela do que dele.
ahahhahahah LINDO! :)
ResponderEliminarVê lá se ele não fica com ciúmes. :)
ResponderEliminarGostei:-) bj
ResponderEliminarIsso acontece-me imenso, com a agravante de que os meus melhores amigos são também ex-namorados. Acho normal, pois se andámos meses a investir em afinidades, para quê deitar tudo pela janela só porque o amor físico acabou?
ResponderEliminarAcho que só se sente ameaçada quem está insegura - no meu caso, pelo menos, estou tão na friend-zone que sequer pensar que já me relacionei amorosamente com eles chega a soar incestuoso! :P
Gosto taaaaantoooooo de ler-te ;)
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