O Carnaval acabou, mas o Rio de Janeiro só volta ao normal na próxima segunda-feira.
Desenganem-se amiguinhos: o Carnaval não dura três dias como conta aquela expressão, dura um mês inteiro. Os bancos fecham durante dias, poucos trabalham entre a sexta-feira anterior ao Carnaval e a quarta-feira de cinzas (eu fui a única a vir para o escritório porque, olhem, sou freelancer e os clientes europeus estão a marimbar-se para o Carnaval).
Por mais que estejamos fora do espírito, o ambiente na rua é envolvente: as pessoas desejam-nos "Feliz Carnaval" quando vamos ao supermercado, como nós desejamos "Feliz Natal", e as pessoas - meninos, jovens, adultos e idosos - mascaram-se ou, pelo menos, saem à rua com um apontamento mais divertido. Os cariocas não aceitam que o Carnaval possa acabar um dia - vai continuar a haver festas e blocos (amontoados de gente em ruas cortadas com bandas de música ao vivo) durante as próximas semanas. Os que não apreciam a confusão, fogem do Rio (muitos o fazem), mas no geral estão todos estão animados, com fogo no rabo. Sinceramente, não aguentei mais do que 2 ou 3 dias de festas. Sou uma pessoa com uma certa idade, afinal de contas.
O clima do Carnaval do Rio não difere muito da época dos Santos em Lisboa: a cidade fica bloqueada, não se encontram táxis em lado nenhum e ambas as festividades só fazem sentido com muita cerveja no bucho. E aqui há um bocadinho mais de badalhoquice. Mas eu não sei de nada. Fiu, fiuuuu.
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