Hoje fui tomar o pequeno-almoço a um café diferente do habitual.
Apetecia-me um sumo de laranja natural (os nutricionistas dizem que é um crime para o corpo, mas pergunto-me como é que 2 ou 3 laranjas espremidas podem conter tanto açúcar e arruinar uma dieta) e um café.
Entrei, pedi e sentei-me. Na mesa do lado estava um velhote dos seus 80 anos. Visivelmente debilitado, lia o seu jornal e ninguém deu por ele...até ao momento em que se preparou para se levantar. Fincou as mãos na mesa e colocou os pés juntos, preparando-se para dar impulso ao corpo e colocar-se de pé. Podia notar-se o esforço no rosto agora avermelhado do senhor e no azul baço dos olhos pequenos. Estendi a mão e perguntei-lhe se precisava de ajuda. Ele agarrou a minha mão e apoiou toda a força do corpo em mim para conseguir levantar-se da cadeira.
- Muito obrigada - balbuciou o senhor, já em pé.
Olhou para a minha mesa, apontou para o que eu estava a tomar e disse:
- Sou eu que pago o seu pequeno-almoço hoje.
Eu agradeci e ao meu bom modo algarvio disse-lhe:
- Que jeito, senhor! Muito obrigada mas não é preciso.
Passo a passo, afasta-se da mesa, coxeando e caminhando lentamente...Qual não é o meu espanto quando o vejo a passar para trás do balcão e a dizer às suas empregadas:
- Esta menina não volta a pagar nesta casa.
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Pena o suíço não ser banqueiro... :P
ResponderEliminar:) fantástico!
ResponderEliminar"Que jeito senhor" é bonito. :-P
ResponderEliminarEu sou grande apologista do "pay it forward" ;) Achei esta cena brutal, mto fixe.
ResponderEliminarDois gestos lindos, genuinamente saídos do coração, o seu e o dele. Por entre tanto individualismo e indiferença que grassa na nossa sociedade, ainda bem que vai havendo momentos como estes. Fiquei enternecida.
ResponderEliminarBoa semana.
LINDO! :)
ResponderEliminar"Que jeito senhor" - antes de ler isto, já me imaginava tu a dizeres-lhe isso ao senhor... :)
Que encanto de história! :))
ResponderEliminarA imensidão da tua bondade, não é novidade para ninguém aqui.
ResponderEliminarNão se esperaria de ti outro gesto.
Linda história, esta que nos contas. Agora faz favor de aproveitar os pequenos almoços de graça, e voltar lá mais vezes! :)
Obrigado por partilhares isto.
Enches-me de orgulho.
@Luna, muita pena mesmo. Mas pão grátis sempre que eu quiser não é de se deitar fora. :)
ResponderEliminar@Escárnio, é uma expressão algarvia (a única) que mantenho no meu vocabulário corrente. Mas digo-a sem sotaque. Nada de "máquejête". :)
@Andorinha, thank you! Obviamente nada disto foi premeditado.
@Sweet Moments, e eu fiquei enternecida com a sua mensagem. Muito obrigada.
@Miss, sabes que nunca abandono o "que jeito". :)
@Teresa, obrigada!:)
@amigo Carlos, o plim da tua mensagem teve um saborzinho especial. Não tenho numa espécie de bondade fora do normal. Qualquer pessoa teria ajudado o senhor. Eu é que não esperava a reacção dele.
Obviamente não sou aproveitadora e duvido muito que tenha coragem de voltar àquele café. Ou se for, farei sempre questão de pagar ou deixar uma moedinha. :)
Fiquei comovida com esta história. As boas acções têm mesmo recompensa. E creio que mesmo que ele não te oferecesse o pequeno-almoço e pães futuros, ias sentir-te sempre bem contigo mesma.
ResponderEliminarNos dias de hoje esta história é um pequeno tesouro.
ResponderEliminarOs nutricionistas são tão embirrantes, benza-os deus.
ResponderEliminarGostei!
:) *
ResponderEliminarLindíssimo.
ResponderEliminarLindo ♥
ResponderEliminarAté me arrepiei quando li isto :)
ResponderEliminarBeijinho *