Passaporte na mão

Hoje fui buscar o passaporte.

O primeiro passaporte que fiz foi em 2005, no Governo Civil de Leiria. Daí a alguns meses ia fazer o meu estágio curricular para o Rio de Janeiro, que seria a minha primeira viagem de sempre. A fotografia péssima que tirei acompanhou-me durante os cinco anos seguintes. Sempre que sacava do passaporte, sentia algum embaraço: cabelo solto totalmente torto - não sei o que me passou pela cabeça para fazer um risco ao meio, e uma metade chegava-me pelos ombro e a outra metade chegava-me pelas orelhas. Sim, that bad. Para além disso, durante a digitalização houve uma falha qualquer precisamente na área dos meus dentes, pelo que parecia que me faltava um dente à frente. Estão a ver os placards publicitários em que os vândalozinhos pintam um dente de preto à miúda gira? Exacto, era tipo isso.

Mas, como dizia, hoje fui buscar o passaporte. O que significa que isto vai mesmo acontecer. Daqui a 9 dias vou tirá-lo da carteira, em frente ao guichet da TAP, e vou dar início a esta minha aventura. 

Como boa portuguesa e boa Rafaela que sou, deixei as grandes decisões e problemáticas para a semana final. Como que em busca de drama adicional. 

Vou dedicar este próximo fim-de-semana a esvaziar a minha casa, empacotar roupas, deitar fora o acessório, fazer a triagem da minha vida dos últimos 4 anos. Por muito que os amigos mo perguntem, optei por não fazer despedidas com o objectivo primordial de não fazer um big deal out of this. 

(Tá...boa sorte com isso, Rafa!)