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Sobreviver, viver e aproveitar à grande. Qual dos três fazemos?

11.6.14

Um dos temas que mais me interessa, em que mais invisto tempo a pesquisar, a ler, é o equilíbrio entre vida e trabalho, ou o já cunhado conceito “work-life balance”. Muito resumidamente, sou péssima nisso. Péssima. Passo dias a fio, fins-de-semana incluídos (os freelancers sabem que ter um fim-de-semana é um luxo a que, muitas vezes, não nos podemos dar), a trabalhar, a dormir pouco, a dedicar pouco tempo a mimar-me (cozinhar refeições saudáveis, fazer exercício, pintar as unhas, hidratar o cabelo – algo que eu faço, tipo, uma vez por ano, e ai da minha cabeleireira que ouça isto!) e à vida social. Deste estado de quase-afogamento, passo ao estado de letargia total, em que fico dois dias parada, sem fazer absolutamente nada, apenas a ver séries de televisão ou a ir jantar a restaurantes simpáticos. E justifico este hedonismo como “eu mereço” ou “eu estava a precisar”, deixando todos os meus projectos pessoais na to-do list que continua a aumentar, semanalmente. Por isso eu vivo exclusivamente entre os picos de trabalhos, que mal me deixam tempo e energia para respirar, e os momentos de total far niente, mas que está longe de ser dolce, porque tenho sentimentos de culpa perante ele.
Uma das razões que me fez vir para o Rio de Janeiro foi precisamente para dar a volta a esta questão. Eu pensei que, estando numa cidade que tinha estado na minha cabeça e no meu coração durante estes nove anos (desde que vivi cá por 3 meses em 2004), que me sentiria inspirada a aproveitar melhor o meu tempo. A dedicar tempo para o trabalho, não demasiado, mas o tempo suficiente para completar os meus projectos e gerir a minha actividade profissional, e a aproveitar o tempo livre para conhecer os meandros da cidade, para desenvolver relações com outras pessoas, para me deixar envolver pela cidade. E chego a este momento, em que faltam apenas dois meses para me ir embora, e começo a pensar que apenas vivi (e eu sei, eu sei que já não é nada mau), mas que não aproveitei a sério.

A coisa boa é que, nestas coisas da vida, todos os dias são bons para começarmos um novo plano, para desenvolvermos uma nova atitude e para tomarmos novas decisões. Acabei de tomar a minha: se prepare Rio, porque eu vou lhe usar.

1 comentário:

  1. Fico muito feliz por essa atitude!! ;) Sabes bem que adoro planos de vida ;) Tantos beijos

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