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Salvador, o berço

22.6.14
No início de Junho fui à Bahia. Comprei uma passagem em cima da hora por 250 reais (cerca de 80 euros) e fui com a minha amiga Susana, que tinha vindo visitar-me ao Rio. 
Apesar de não ficar muito distante do Rio (a 1200 km, que na prática, é mais do que norte a sul de Portugal), a Bahia já fica no Nordeste do Brasil, assumindo algumas características que temos em mente acerca dos estados nordestinos: águas cálidas, calor permanente, inexistência do Inverno, bom peixe e marisco, etc. Salvador é a terceira cidade mais populosa do Brasil, depois de São Paulo e do Rio, com 3 milhões de pessoas.
O que sempre me fascinou em Salvador é o mesmo tipo de coisa que sempre me fascinou em Nápoles (aliás, as duas cidades têm muitos pontos comuns): a genuinidade. A Bahia contribuiu, mais do que qualquer outro estado, para o património cultural brasileiro: trouxe-nos Jorge Amado (a Gabriela e a Tieta do Agreste), trouxe-nos o Caetano Veloso, o Gilberto Gil, a Maria Bethânia, a Gal Costa, a Simone, a Astrud Gilberto, o Dorival Caymmi, enfim, 90% dos músicos brasileiros mais respeitados. Mais recentemente trouxe também a Ivete Sangalo, mas como eu não gosto de axé, não me debruço perante ela. Mas sim, ela é um mito. Numa das viagens de táxi que fiz, o taxista fez questão de me dizer onde é que a Ivete morava. 
Salvador é essencialmente Angola. Com cerca de 80% de negros, existe aquela forte influência africana em tudo, desde os ritmos (cadenciados da música e lentos da cidade) até à comida, em que o óleo de dendê (ou o óleo de palma, que se usa nas moambas e kalulus desta vida) é o ingrediente principal.
Gostei muito do Pelourinho, o centro histórico de Salvador, e gostei de caminhar pela zona da Barra, onde fica o Morro do Cristo, algumas praias urbanas e o farol. É bonita, colorida, confusa, alegre. Tal como eu esperava.
Acabei por ficar apenas dois dias em Salvador, porque fui a Morro de São Paulo nos entretantos (fiquei 3 dias). Mas Salvador entrou no meu coração e vou tentar voltar ainda nestas próximas semanas. Tentei dar algum uso à Canon, pelo que ficam aqui algumas imagens.


Um detalhe do hotel

O pequeno-almoço, muita fruta e muita doçaria. Eu sou a pessoa mais esquisita do mundo (merecia ser magra por isso), por isso contentei-me com ovos mexidos e com ananás. E é ananás a sério!

Este é o Farol da Barra, na orla de Salvador. Há sempre algo de mágico nos faróis, não é?


Um bocadinho de arte contemporânea para inglês 
(e a multidão de turistas que vêm para a copa) ver.


Caminhando pela orla, vamos ter ao Morro do Cristo, que é aquele monte iluminado de verde ali ao fundo. E tem um mini-Cristo-Rei. Mas aquele monte, a vista sobre o mar, a relva perfeita...
fizeram desse lugar o meu preferido de Salvador.

Garotos baianos

O Morro do Cristo


A casa de Iemanjá

Nunca tive uma adoração especial por gatos, por isso a história com este gato marcou-me. 
Estava o bichano a dormir neste muro sobre o mar e nós sentámo-nos lá a descansar. O gato veio na nossa direcção, sentou-se no meu colo, acariciámo-nos mutuamente, ronronou nos meus braços e ficou ali junto a nós durante uma meia-hora, até que decidimos ir embora. Foi tudo muito estranho. A Susana e eu ficámos totalmente convencidas que não era um gato vulgar.
Reparem só no ar majestoso dele.

Baianas em ponto pequeno (as baianas em ponto grande pediram-me 20 reais para as fotografar!)

Vista do Elevador Lacerda, que liga a parte alta à parte baixa da cidade. 
Aquele edifício amarelo é o Mercado Modelo, uma espécie de feira local, com restaurantes, bancas de roupa, artesanato e coisas assim.


A moqueca de camarão entrou directamente para o meu TOP3 de comidas preferidas de sempre. Minha. Nossa. Senhora.

2 comentários:

  1. I can't read the text, but the photos are lovely! Glad we could connect through Mayi & April. :)

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  2. Essa moqueca de camarão!! :) Há receita?
    Adorei as fotografias. O Brasil é muito bonito.
    (Gosto imenso dos postais na Lisbon Cover.)

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