Uma coisa é tirar fotografias porque sim. Fazer poses dignas de perfil de Facebook. Fazer caretas para o fotógrafo. Levantar um copo de vinho e brindar para alguém invisível porque fica bonito e quem um dia vir a fotografia vai sorrir e pensar que aquele foi um bom momento. Uma coisa é ir viajar e tirar fotografias à frente da Apple Store de New York, antes de existir qualquer outra no mundo inteiro. Ou tirar uma fotografia dentro de água na praia mais azul de Ibiza. Ou tirar a fotografia à Bonnie Tyler quando a vemos passar à nossa frente, a cambalear, em Albufeira e isso definitivamente não acontece todos os dias.
Alguém inventou a máquina fotográfica para perpetuar a memória. Assim, um dia quando tivermos Alzheimer, ou simplesmente quando a vida se tornar tão cheia de capítulos, caso seja impossível lembrar-nos de todos os momentos e todos os episódios marcantes da nossa vida, ali está aquele pedaço de papel (ou mais modernamente falando, um ficheiro JPEG no computador) para nos relembrar que aquilo de facto aconteceu. O Gabriel Garcia Marquez disse um dia que La vida no es la que uno vivió, sino la que recuerda y cómo la recuerda para contarla. Ora, eu chegaria mais longe e diria que A vida não é aquilo que vivemos, mas aquilo que fotografámos para mais tarde recordar. Visivelmente inspirado no slogan da Kodak, eu sei.
Alguém inventou a máquina fotográfica para perpetuar a memória. Assim, um dia quando tivermos Alzheimer, ou simplesmente quando a vida se tornar tão cheia de capítulos, caso seja impossível lembrar-nos de todos os momentos e todos os episódios marcantes da nossa vida, ali está aquele pedaço de papel (ou mais modernamente falando, um ficheiro JPEG no computador) para nos relembrar que aquilo de facto aconteceu. O Gabriel Garcia Marquez disse um dia que La vida no es la que uno vivió, sino la que recuerda y cómo la recuerda para contarla. Ora, eu chegaria mais longe e diria que A vida não é aquilo que vivemos, mas aquilo que fotografámos para mais tarde recordar. Visivelmente inspirado no slogan da Kodak, eu sei.
Depois há aquelas pessoas para quem a Fotografia (coloco em maiúscula, pois falamos da arte) é uma forma de comunicar. Uma forma de respirar até. Talvez até consigam pegar numa máquina compacta de ânimo leve e fotografar os amigos em noites de bebedeira, mas mantêm uma reverência invejável em relação a esta arte. E investem nela, comprando máquinas fotográficas do preço de um carro e aventuram-se no fabuloso mundo dos acessórios: lentes macro, tripés mágicos, objectivas quilométricas...tudo para poder retratar melhor uma realidade. A sua realidade.
Conheço uma pessoa assim. Trocou Madrid por Dublin há 6 anos e rendeu-se a Lisboa há 1 ano. Está por cá (vive e trabalha), fotografa a nossa linda cidade com a frescura de um turista, mas com a intimidade de um residente.
Por que vos falo dele hoje?
Por que vos falo dele hoje?
Porque o Alatryste (nome artístico e nome web) criou um projecto interessantíssimo: pediu a todos os amigos e conhecidos para dizer uma palavra, um conceito ou uma frase. Ele propôs-se a traduzir estes conceitos para uma fotografia. E saiu dali um verdadeiro projecto artístico. Agora, o seu Interactive Photography Project virou livro e poderíamos todos oferecer a uma alma artista do nosso grupo de amigos durante a época de Natal. Como se não bastasse, 50% das vendas irão reverter para a Greenpeace. Mesmo em tempos de crise, não podemos esquecer duas coisas: generosidade e o amor pela arte.
No âmbito deste projecto, eis as minhas preferidas:
Destiny
Hedonism
Evolution
And I don't mean the theory or what there was, but what we are going at. The next step.
Hope
Serenity
Simple
Silky Sweetness
Para ver o livro e para poderem comprá-lo, entrem em:
http://www.blurb.com/bookstore/detail/1714737
Para ver o portefólio do Alatryste, entrem em:
http://www.flickr.com/photos/alatryste
Obrigado Rafa, nao mereco, a serio, fiquei maravilhado, nao tenho palavras para agradecer. Grande Abraco.
ResponderEliminarMeu caro, não tens nada de agradecer. Foi espontâneo, já sabes como é aqui destes lados! Boa sorte com o projecto.
ResponderEliminarUm abraço!
Para quando o Volume II? :)
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarE a Musa disse tudo, para quando o Volume II? :D
Excelente texto, Rafa!
A ideia diria que é fantástica. As fotos... não consigo encontrar um adjectivo que lhes faça justiça. "Maravilhosas e surpreendentes" parecem-me palavras realmente simplórias para catalogar algo tão genial.
ResponderEliminarHola. He estado dándome una vuelta por tu blog y me ha gustado. Te dejo la dirección del mío por si te apetece echarle un vistazo:
ResponderEliminarhttp://hayquejodersepuntocom.blogspot.com/
Un saludo.