A religião - não todas obviamente, aqui falo sempre dentro do judaico-cristão - tem feito um bom trabalho primeiro a gerar o sentimento de culpa, depois a vender a absolvição da mesma. É um bom esquema, e publicidade tentamos fazer isso, dizemos às mulheres que são gordas e que ninguém gosta delas por isso, e depois vendemos sabonetes iguais aos outros mas com uma embalagem com dizeres aluzivos ao tema. Com a religião, encontro sempre esta necessidade de não-libertação, de amarra, de peso, de ancora. Obviamente que deus não é isto, mas a esse, ninguém lhe liga. Um filósofo, assim a modos de provocação, disse até que ele estava morto.
Tenho de concordar com o Prezado. Sou uma não fiel e, felizmente por um lado e infelizmente por outro, já tive de virar muitas páginas na minha vida. No entanto, compreendo o que dizes, mas também é possível atingir com a paz com a mera racionalidade. Se bem que os contos de fadas são sempre mais apelativos... :)
Achei engraçada a comparação entre religião e publicidade. No entanto - e falo como uma não-fiel neste caso - todos se perguntam como existem tantas pessoas agarradas à religião e a fés que aos olhos dos outros parecem ridículas. E a explicação é que as pessoas sentem paz. Seja o que for em que acreditem. Há pessoas que sentem paz ao irem confessar-se ao padre. Outras que sentem paz ao meditarem às 6 da manhã depois da aula de yoga. Outros que sentem paz por acreditarem na energia do universo ou no destino que o karma dita. E isso não deixa de ser admirável. Porque encontrar paz interior e emocional nos dias de hoje é tão difícil. Eu pelo menos não consigo.
Obrigada pelo teu comentário Helena. O que respondi ao Prezado vale para ti também. Mas como disse no comentário anterior - antes de ter lido o teu - já consegui encontrar paz quando estive no passado ligada à religião. E agora não consigo. Tens ideias de como chegar até ela, mesmo permanecendo uma ímpia não fiel? :) Beijinho.
Prezado, mas esse filósofo tb acreditava no super-homem. Digo muitas vezes a uma amiga minha, cuja fé é inquestionável, que o mundo seria um lugar muito melhor para se viver, se os homens tivessem mais fé neles e practicassem o bem, que tanto gostam de apregoar a paredes fechadas. Deus e diabo estão dentro de nós. O homem tem o poder de fazer tudo o que quiser, bem ou mal e isso dar-lhe-á paz ou não. Claro está, isto gera grandes discussões entre nós. E vou calar-me que estou em casa alheia. :)
Tenho sempre! :) Se não consegues paz interior é porque tens algum problema, ou assunto que te inquieta, ou não estarás feliz com qualquer coisa na tua vida, presentemente. Talvez tenhas de resolver isso primeiro, para encontrar a paz. Ou talvez seja apenas o teu espírito irrequieto a dizer-te que tens de mudar de pouso, outra vez. :)
@Helena: a minha casa é um espaço aberto. :) Em relação ao segundo comentário, provavelmente sim, tens razão. Há coisas que me inquietam. Quanto ao espírito irrequieto sugerir para ir viajar novamente, ele que esteja caladinho, porque estou a gostar de morar em Lisboa. E não convém andar a fugir à procura de outras odisseias enquanto não resolver as presentes. :) (esta saiu-me bem) Beijo!
@Helena. O problema, e isto é aplicado a praticamente toda a gente, porque não tem a ver com religião, mas com crenças, é que não basta ser bom: É preciso ser bom, mas pelos motivos certos. Isto leva a uma discussão sobre éticas, que é um tema fascinante mas não temos tempo. Muito boa gente que conheço pode reconher o meu esforço em melhorar isto ou aquilo no mundo, mas se o fizer em nome de um ente errado, não é o mesmo. Daí estar cada vez mais ateu e mais e mais...
Hum...havia muito a dizer sobre o assunto. Mas tudo o que dá força, é bom e só por isso é boa a religião, seja ela qualquer for. Mas demasiadas regras também chateiam, é a minha opinião.
Rafa, saiu-te muito bem. Só falta meteres o plano em acção. :)
Prezado, estou a ver onde queres chegar e concordo. Analisando a História, a fé e a crença já colheram mais vidas do que qualquer louco e regime totalitarista (se bem por detrás destes loucos e regimes existe sempre o apoio de uma ideologia religiosa) e todas aquelas pessoas que carregavam o estandarte da sua causa, acreditavam estar a fazer o bem.
Rafinha do meu coração, há ai uma ironia qualquer. Dizes que encontraste paz um dia na religiao, mas agora perguntas onde encontra-la? Assim de repente lembras-me aquelas meninas que o ano passado perderam imenso peso com dieta equilibrada e exercicio, e que este ano vêm a farmacia e me pedem qualquer coisa pra emagrecer, mas "qualquer coisa que nao dê trabalho" mesmo sabendo em primeira mao que nada resulta tao bem como a dieta e o exercicio.
Discordo plenamente.
ResponderEliminarE falo com conhecimento de causa.
Olá Prezado...então qual é a tua opinião? Queres desenvolver? Achas que acarreta mais pesos de culpa do que propriamente alívio de viragem de página?
ResponderEliminarYap. exactamente isso.
ResponderEliminarA religião - não todas obviamente, aqui falo sempre dentro do judaico-cristão - tem feito um bom trabalho primeiro a gerar o sentimento de culpa, depois a vender a absolvição da mesma. É um bom esquema, e publicidade tentamos fazer isso, dizemos às mulheres que são gordas e que ninguém gosta delas por isso, e depois vendemos sabonetes iguais aos outros mas com uma embalagem com dizeres aluzivos ao tema. Com a religião, encontro sempre esta necessidade de não-libertação, de amarra, de peso, de ancora. Obviamente que deus não é isto, mas a esse, ninguém lhe liga. Um filósofo, assim a modos de provocação, disse até que ele estava morto.
Tenho de concordar com o Prezado. Sou uma não fiel e, felizmente por um lado e infelizmente por outro, já tive de virar muitas páginas na minha vida.
ResponderEliminarNo entanto, compreendo o que dizes, mas também é possível atingir com a paz com a mera racionalidade. Se bem que os contos de fadas são sempre mais apelativos... :)
Achei engraçada a comparação entre religião e publicidade. No entanto - e falo como uma não-fiel neste caso - todos se perguntam como existem tantas pessoas agarradas à religião e a fés que aos olhos dos outros parecem ridículas. E a explicação é que as pessoas sentem paz. Seja o que for em que acreditem. Há pessoas que sentem paz ao irem confessar-se ao padre. Outras que sentem paz ao meditarem às 6 da manhã depois da aula de yoga. Outros que sentem paz por acreditarem na energia do universo ou no destino que o karma dita.
ResponderEliminarE isso não deixa de ser admirável. Porque encontrar paz interior e emocional nos dias de hoje é tão difícil. Eu pelo menos não consigo.
Obrigada pelo teu comentário Helena. O que respondi ao Prezado vale para ti também.
ResponderEliminarMas como disse no comentário anterior - antes de ter lido o teu - já consegui encontrar paz quando estive no passado ligada à religião. E agora não consigo. Tens ideias de como chegar até ela, mesmo permanecendo uma ímpia não fiel? :) Beijinho.
Prezado, mas esse filósofo tb acreditava no super-homem. Digo muitas vezes a uma amiga minha, cuja fé é inquestionável, que o mundo seria um lugar muito melhor para se viver, se os homens tivessem mais fé neles e practicassem o bem, que tanto gostam de apregoar a paredes fechadas. Deus e diabo estão dentro de nós. O homem tem o poder de fazer tudo o que quiser, bem ou mal e isso dar-lhe-á paz ou não. Claro está, isto gera grandes discussões entre nós. E vou calar-me que estou em casa alheia. :)
ResponderEliminarTenho sempre! :)
ResponderEliminarSe não consegues paz interior é porque tens algum problema, ou assunto que te inquieta, ou não estarás feliz com qualquer coisa na tua vida, presentemente.
Talvez tenhas de resolver isso primeiro, para encontrar a paz. Ou talvez seja apenas o teu espírito irrequieto a dizer-te que tens de mudar de pouso, outra vez. :)
@Helena: a minha casa é um espaço aberto. :)
ResponderEliminarEm relação ao segundo comentário, provavelmente sim, tens razão. Há coisas que me inquietam. Quanto ao espírito irrequieto sugerir para ir viajar novamente, ele que esteja caladinho, porque estou a gostar de morar em Lisboa. E não convém andar a fugir à procura de outras odisseias enquanto não resolver as presentes. :) (esta saiu-me bem)
Beijo!
@Helena. O problema, e isto é aplicado a praticamente toda a gente, porque não tem a ver com religião, mas com crenças, é que não basta ser bom: É preciso ser bom, mas pelos motivos certos.
ResponderEliminarIsto leva a uma discussão sobre éticas, que é um tema fascinante mas não temos tempo. Muito boa gente que conheço pode reconher o meu esforço em melhorar isto ou aquilo no mundo, mas se o fizer em nome de um ente errado, não é o mesmo. Daí estar cada vez mais ateu e mais e mais...
Hum...havia muito a dizer sobre o assunto. Mas tudo o que dá força, é bom e só por isso é boa a religião, seja ela qualquer for. Mas demasiadas regras também chateiam, é a minha opinião.
ResponderEliminarRafa, saiu-te muito bem. Só falta meteres o plano em acção. :)
ResponderEliminarPrezado, estou a ver onde queres chegar e concordo. Analisando a História, a fé e a crença já colheram mais vidas do que qualquer louco e regime totalitarista (se bem por detrás destes loucos e regimes existe sempre o apoio de uma ideologia religiosa) e todas aquelas pessoas que carregavam o estandarte da sua causa, acreditavam estar a fazer o bem.
Bom fim-de-semana!
Também discordo plenamente Rafa. E com pelo conhecimento de causa, tal como o Prezado.
ResponderEliminarNem mais...Grande vantagem essa*
ResponderEliminarRafinha do meu coração, há ai uma ironia qualquer. Dizes que encontraste paz um dia na religiao, mas agora perguntas onde encontra-la? Assim de repente lembras-me aquelas meninas que o ano passado perderam imenso peso com dieta equilibrada e exercicio, e que este ano vêm a farmacia e me pedem qualquer coisa pra emagrecer, mas "qualquer coisa que nao dê trabalho" mesmo sabendo em primeira mao que nada resulta tao bem como a dieta e o exercicio.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=mGCokwtlU7U
ResponderEliminarespreita este video, acho que vais gostar :)