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O Follow-up

30.12.10


Em qualquer manual de gestão de recursos humanos, em qualquer artigo sobre o mercado de trabalho, damos de caras com o conceito de "follow-up".
To follow up pode ser traduzido em português como "dar seguimento", embora o termo em inglês se tenha tornado num conceito de business internacional, estando presente em todas as línguas.
O follow-up revela-se muito importante durante o processo de recrutamento e selecção de um potencial empregado. Quando me candidatei para a posição de Project Manager na empresa onde trabalho actualmente, segui os parâmetros normais: vi o anúncio de emprego no Expresso. Pensei para com os meus botões "Boa, era mesmo isto que eu queria!". Mandei o meu CV junto com uma carta de apresentação onde resumia a minha experiência. (sim, era mais ou menos parecida com a carta de apresentação do post anterior) Passados uns dias fui chamada para a entrevista, que acreditava não ter corrido especialmente bem. No dia seguinte, escrevi um e-mail de follow up. Muito curto e simples. Nesse e-mail agradeci o tempo disponibilizado com a minha entrevista e reiterei a minha vontade em trabalhar naquela empresa. Depois de um ano na empresa, soube que foi aquele e-mail que garantiu a minha contratação.

O conceito do follow-up é essencial na nossa vida amorosa. Imaginem: saímos com um tipo e até foi agradável. Nada de fogos-de-artifício nos nossos olhares, mas giro. É normal esperarmos por um follow-up: "olha, gostei do nosso jantar", "foi uma noite bem passada, "havemos de repetir um dia destes", "és uma mulher interessante", "há muito tempo que não me divertia assim"...as possibilidades são infinitas. Eu parto do princípio de que, se não há follow-up, não há interesse.
E o follow-up, tal como nas entrevistas de trabalho, deve ser feito passado pouco tempo. No dia seguinte de preferência.

Recentemente saí com um tipo que fez um follow-up medíocre. Sim, até me escreveu na própria noite um sms, mas isso não conta. Os sentidos ainda estão despertados, o álcool ainda está no corpo, o lápis preto ainda está semi-abandonado nos cantos dos olhos. Só depois de uma noite de sono e de um bom banho é que decido se quero sair com aquela pessoa novamente. Nos dias depois do nosso encontro, o mancebo ficou vários dias sem dizer nada. Quando acho que estou quase a esquecer isto e mandá-lo passear, ele volta a contactar-me e a picar o ponto. Manifesta um grande interesse por mim, "és linda", "temos de sair novamente" e coisas afins...mas não faz nenhum convite directo. Não me diz: Ok, na quarta-feira às 20h36 encontramo-nos. Nada disso. Cozinha-me em lume brando e este cozinhado já está a apurar há dois meses.
Estou com uma ligeira impressão de quem se vai queimar nisto é ele.
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5 comentários:

  1. Óptimo, até agora só o fiz nas saídas e até agora não muito resultado, ou deu resultado até demais, no emprego nunca experimentei.

    Don't call us, we call you - kind of thing.

    Mas hoje fiz e foi como disseste!

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  2. Então, ele está à espera do teu follow up das mensagens dele.

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  3. Hmmm... a forma de agir depende muito de toda a situação. Faço aqui um pequeno relato da minha forma de agir numa situação a suceder neste momento: na passagem de ano conheci uma pessoa interessante. Viajámos juntos para Lisboa, ela seguiu para o Porto. Disse que passaria no Porto na semana seguinte pois tinha reuniões e que falaríamos mais perto da data. Acabámos por ter conversas breves via facebook, nada de mais, estive desde quinta ou sexta da semana passada até ontem sem dizer nada. Quando reparei ela tinha tentado falar comigo online e perguntado se sempre ia ao Porto. O interesse estava demonstrado. Liguei-lhe só para confirmar que ia ao Porto quarta, que gostaria de jantar com ela e que lhe voltaria a ligar amanhã mais ao final da tarde para combinar local. Ela limitou-se a concordar. Não lhe perguntei como gostaria de fazer. O interesse passa por agarrar a oportunidade e estar em controlo da mesma. Passa por não passar o testemunho à outra pessoa. Esta forma de agir coaduna-se com o sentimento de reciprocidade do outro lado. Sentimos feedback, partimos para a iniciativa. Simples. E resulta. Normalmente. A maior parte das mulheres gosta disso: de homens decididos. ;-)

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  4. Exacto, homens decididos...e não de homens que nos cozinham em lume brando, "a ver" quando é que dá para sair outra vez.
    Neste caso até pode haver interesse mútuo, mas irrita-me que ele não f#$/ nem saia de cima. :)

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